sexta-feira, 18 de outubro de 2024

GPS Drawing: arte inusitada, natureza e amor

Eu não imaginava que GPS podia virar arte. Aprendi o que era GPS ainda na escola, quando a professora explicou que era praticamente um mapa digital. Só depois que fui entender que era mais do que isso, que tinha a ver com aqueles satélites artificiais espaciais que sempre aparecem nos filmes sobre o espaço sideral e astronautas que eu tanto gostava de assistir na infância. 

O GPS é um sistema de navegação que fornece, em tempo real e com elevada precisão, as coordenadas geográficas (latitude e longitude) e a altitude de qualquer ponto ou referencial situado na superfície do planeta Terra.

Daí, a ideia de usar esse artifício para escrever ou desenhar algo a partir do seu próprio movimento ao se locomover pela Terra, foi simplesmente genial. 

O GPS drawing consiste em desenhar através de deslocações em determinado espaço ou espaços geográficos e, com o auxílio de um GPS. As linhas que são criadas, produzem um desenho em grande escala.

Durante a aula do dia 16, a turma andou pela UFBA e desenhou uma flor, cada um responsável pela sua pétala, um belo exemplo de trabalho em grupo. 


Já passeando por Salvador, decidi testar eu mesma o aplicativo e tentei ver o que eu conseguia desenhar com esse artifício, e meio que desenhei uma espécie de montanha ou cordilheira.

Pesquisando sobre GPS drawing, descobri que já vem sendo utilizado há bastante tempo, não sendo tão recente quanto eu imaginava.

Encontrei uma história linda de 2015 que envolve o Recorde de maior desenho já feito com GPS, em que um japonês percorreu mais de 7 mil km para fazer um pedido de casamento: ele levou seis meses e rodou o país inteiro para escrever “casa comigo?” (marry me?) usando as marcações do GPS. E, para que ela não descobrisse a surpresa enquanto olhava o percurso que ele fazia, ainda escreveu tudo de trás pra frente. 

Depois disso ele continuou fazendo artes com GPS, realmente casou com a namorada que fez esse pedido e até o final da reportagem em 2015 dizia que eles tiveram 2 filhos. Espero que eles estejam juntos até hoje. 

Muito interessante ver como coisas banais do dia a dia, como um meio de se locomover pela cidade, pode virar uma ferramenta artística tão potente. 

Texto por Amanda Regina Borges Vieira

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