Personagens:
Guardião:
Uma entidade que guarda o Jardim de flores mortas.
Sua
aparência é formada por uma longa capa preta que cobre seu corpo e seu rosto,
escondendo suas cicatrizes e as correntes que o amarram ao jardim.
Peônia: A
Peônia é uma personagem profundamente romântica e melancólica, é a última flor
de sua espécie ainda viva no jardim.
Ela tem
belas pétalas em degrade de rosa e branco.
A jovem:
Sem nome, a jovem é apenas uma garota que acordou em meio ao jardim sem
memórias, se lembrando apenas de quem é. Mas esquecida de seu nome e origens.
Quadro 1:
O guardião
aguando algumas flores já mortas. A peônia o observa ao longe. A imagem é
melancólica e tem um certo humor, com nuvens escuras no céu.
Quadro 2:
“Não sei
porque ainda insiste, Guardião.” A jovem diz, se aproximando. “É chamado de
jardim de flores mortas por uma razão.”
O guardião
se vira para a jovem.
Quadro 3:
“É o que
faço! Sou o guardião por uma razão!” Ele responde.
Quadro 4:
A jovem se
ajeita no chão próxima á Peônia, que tenta se esquentar através de um pequeno
raio de sol que quase esvai.
“E o que
acha disso, Peônia?”
“Bom, só
viva estou pela perseverança de vosso guardião. Mesmo que minhas irmãs não
tenham recebido a mesma predileção dos deuses. Que ele continue.” A Peônia
responde, com seu tom formal.
Quadro 5:
Close up na
mão da jovem arrancando algumas vinhas já desfalecidas do chão.
Quadro 6:
Close up na
mão do guardião que coloca o regador de canto.
Quadro 7:
Guardião,
Jovem e Peônia lado a lado embaixo do único raio de sol que adentra aquele
umbral.
“Poderia
lhe fazer a mesma pergunta, Jovem... Por que continuar a viver? Se a morte é
uma certeza?” O guardião pergunta.
Quadro 8:
Foco na
Peônia.
“Por que
amar se morrerá só?” O guardião pergunta.
Quadro 9:
O guardião
tem metade do rosto revelado, mostrando sua boca vermelho-bordô.
“Não há
sentido em vida, o sentido é o que nós queremos que ele seja. Rego as peônias
morta por saudosismo. Rego as rosas mortas pois gosto do odor misturado à terra
molhada.” Ele diz.
Quadro 10:
A jovem
encosta sua cabeça no ombro calaverico do Guardião, não se importando com o
frio espectral. Cena com ângulo de trás.
““Um dia,
quando o sol explodir em uma supernova,” ele diz, “Armagedom será o berço que
nos receberá e, então, nada existirá... Só poeira dos astros.”
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